A espera chegou ao fim. Neste terça-feira (24/1), serão anunciados os indicados à 95ª edição do Oscar, a maior premiação de cinema do mundo. A partir das 10h30 (horário de Brasília), Allison Williams e Riz Ahmed apresentarão os nomeados em 23 categorias. Cinco longas são apontados como favoritos, mas os brasileiros torcem por duas chances: o curta-metragem “Sideral” e o documentário “Território”, parceria entre Brasil, Estados Unidos e Dinamarca.
“Sideral” é dirigido por Carlos Segundo, paulista que começou a trabalhar com audiovisual há 15 anos em Uberlândia. O filme de 15 minutos, rodado durante a pandemia em Natal, no Rio Grande do Norte, acompanha uma família de mecânico, faxineira e seus filhos. A trama gira em torno da base aérea de foguetes da América do Sul, a Barreira do Inferno, em Parnamirim (RN), que vai lançar o primeiro foguete tripulado brasileiro. “Sideral” está entre os 15 pré-selecionados na categoria curta de ficção e é apontado pela revista “Variety” como um dos cinco títulos que devem ser nomeados. Até agora, somente um curta-metragem de ficção brasileiro foi indicado: “Uma história de futebol” (2001), de Paulo Machline.
Já “Território” é dirigido pelo estadunidense Alex Pritz e filmado em Rondônia durante três anos. O documentário retrata a luta do povo uru-eu-wau-wau contra o desmatamento de sua terra, ameaçada por posseiros e agricultores. O longa foi parcialmente filmado pelos próprios indígenas e conta com o cineasta Darren Aronofsky como produtor. A categoria de longas documentais é a que teve o maior número de brasileiros indicados, entre diretores e produtores.
A premiação será realizada no dia 25 de abril, e os indicados já começam a se preparar para a grande noite. Enquanto isso, os cinéfilos aguardam ansiosos para ver se “Sideral” e “Território” conseguirão se destacar entre os demais concorrentes e levarem a estatueta de melhor do ano.