“Para falar o português claro”, muitos homens não são nem homens! Tem muito moleque se achando homem por aí. Tem muito moleque se sentindo no direito de sentar no seu troninho e julgar as mulheres segundo seus distorcidos preceitos.
Escuta, moleque: quem foi que te ensinou que roupa curta, justa ou decotada é convite? Quem foi que te ensinou que é você quem decide o valor de uma mulher? Quem foi que te ensinou que a embriaguez de uma mulher é autorização pros seus atos selvagens? Quem foi que te ensinou que o corpo de uma mulher é propriedade pública? Quem foi que te ensinou que mulher é objeto, como suas meias, que você usa quando quer? Quem foi que te ensinou que o seu dinheiro compra o valor de uma mulher?
O que importa se ela sai com vários, se ela bebe e perde a linha? Quantos de vocês não fazem o mesmo? “Bela, recatada e do lar”, só se ela quiser. Como eu sou grata às mulheres que queimaram sutiãs na praça, que brigaram e dedicaram suas vidas a garantir meus direitos, hoje fundamentais.
O que talvez muitos moleques por aí não entendam é que o feminismo não é um movimento contra os homens (e aqui me refiro aos homens de verdade). Ele é um movimento em busca do direito à liberdade de ser e de estar como nós quisermos.
Quantos homens você conhece que têm medo de entrar num lugar cheio de mulheres? Ou de ser estuprado por uma mulher? Ou de ser assediado no trabalho? Ou de ter que se calar diante de uma violência? Ou de ser julgado por ser pai solteiro? Ou de ter sua competência questionada no trabalho por escolher ter um filho no auge da sua carreira? Ou de ser assassinado pelo simples fato de ser homem?
Felizmente, existe esse movimento feminista, defendido por mulheres e homens de verdade, que dá visibilidade há absurdos praticados contra as mulheres e abafados por muitos que, ainda hoje, culpam a vítima pelo crime. Escuta aqui, moleque: vítima nenhuma acaba com a carreira de um criminoso. É ele mesmo quem faz isso. Aliás, uma carreia é bem pouco se comparado ao crime, não acham? Mas, moleques tendem a isentar-se da culpa de seus atos…
PS.: Não é uma guerra dos sexos. É uma luta para que, um dia, as mulheres não tenham medo nem sejam punidas apenas por serem mulheres!
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